domingo, 30 de junho de 2013

GEPAC na Semana Acadêmica - Mensagem para os estudantes de Pedagia na modalidade a distância - Seminário de Práticas Pedagógicas 4

Estudantes de Pedagogia!
Aproveitamos os intensos trabalhos da IV Semana Acadêmica da UNIRIO para gravar um vídeo para vocês (e com vocês, uma vez que a Cida participa)!

Depoimento da estudante Cida Monteiro, LIPEAD (Licenciatura em Pedagogia - a distância)
http://youtu.be/U_Rjpr-ug84

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Emir Sader ajuda a analisar porque o financiamento público é a questão central da Reforma Politica


O Financiamento Público – a questão central do plebiscito, por Emir Sader

Por que o governo propõe a convocação de um plebiscito? Há um sentimento difuso, em vários setores da sociedade, de que o sistema político não funciona. Uma das instituições mais desprestigiadas do país – senão a mais desprestigiada – é o Congresso Nacional. A imagem dos políticos – e dos parlamentares em particular – é a pior possível.
Da esquerda até a velha mídia, todos criticam o Congresso. Os diagnósticos podem ser diferentes – a esquerda, porque o poder do dinheiro faz com que lobbies das minorias enriquecidas controlem o parlamento; a direita, porque, por definição, quer sempre governos e congresso fracos, para aumentar o peso do mercado e da mídia, expressões dos seus interesses e posições.
As mobilizações das últimas semanas também tiveram “nos políticos” um dos seus alvos preferidos, refletindo as reiteradas campanhas contra os parlamentares que correm sistematicamente na internet.
Uma das iniciativas do governo – aquela politicamente mais relevante – foi a convocação de um plebiscito para desbloquear iniciativas de reforma política – na verdade, reforma do processo eleitoral – que estavam paradas no Congresso e freadas nas tentativas de um acordo entre os partidos, levada a cabo por Lula.
Com boas ou más intenções, alguns setores tentam incluir uma quantidade enorme de questões na consulta ao povo, desde o voto distrital até o tipo de regime – presidencialismo ou parlamentarismo. Na prática, significa inviabilizar o plebiscito, seja pela quantidade e diversidade imensa de questões sobre as quais não haveria acordo e geraria prolongamento da discussão até impossibilitar a convocação do plebiscito, com a regulamentação necessária e o período de campanha, a tempo de ter validade para as eleições de 2014; seja por colocar questões outras, que tiram o foco que levou ao impulso popular pela reforma política.
Dentre todas as questões, aquela sobre a qual há maior consenso é a do financiamento público ou privado das campanhas eleitorais. Não significa que exista acordo, mas reconhecimento de que as negociações da reforma política emperraram nesse tema.
Ele é essencial – mesmo sob alegação de que não é suficiente para impedir o peso do dinheiro nas campanhas eleitorais - porque age contra a forma atual de financiamento, que transfere a desigualdade econômica para o processo eleitoral.
Atualmente pode-se dizer que um dos problemas maiores para que alguém possa se candidatar é o custo das campanhas, o preço para que uma pessoa possa fazer conhecer minimamente que é candidata. Cada um busca a resolução do problema da sua forma, mas quase todas desembocam em procurar o dinheiro onde o dinheiro está – nas empresas. Estas, por sua vez, encontram nesse mecanismo uma forma útil de ter os candidatos presos a seus interesses, financiando campanhas de vários candidatos, de distintos partidos.
Pode não haver um mecanismo formal e direto de cobrança pelos financiados em relação aos financiados, mas não há duvidas que ele existe. Pelo menos no financiamento da eleição seguinte, em que as empresas dirigirão seus recursos para aqueles que mais diretamente defenderam seus interesses.
A existência de grande número de lobbies no Congresso – do agronegócio, da educação privada, dos planos privados de saúde, dos proprietários privados dos meios de comunicação, das igrejas evangélicas, entre outros – expressa, de forma mais aberta, a presença dos interesses privados no Congresso.
O financiamento público permitirá uma competição menos desigual entre os candidatos, evitando que o peso do dinheiro intervenha de maneira tão aberta no processo eleitoral.
Há sempre, por parte dos setores beneficiários e simpatizantes do financiamento privado, o apelo aos mecanismos mais egoístas das pessoas: “você gostaria que o seu imposto financiasse a campanha dos políticos?”. Uma pergunta que induz diretamente a uma resposta negativa.
Mas que traz embutida a consequência de que, se não é o setor público quem financia as campanhas, quem o faz? O mercado, o setor privado, projetando na campanha politica as desigualdades econômicas que caracterizam o Brasil como o país mais desigual do continente mais desigual do mundo. É deixar os representantes políticos ficarem reféns do poder econômico.
O fato de que a sociedade não se reconheça representada no Congresso, embora seja ela que o elege, se dá por isso, pela forma como as campanhas refletem o peso do dinheiro e condicionam fortemente a suposta liberdade de escolha dos cidadãos através do voto.
De forma que o Congresso não é o reflexo da sociedade, porque entre um e outro está a mediação do dinheiro, que falseia a representação política. Como um de tantos exemplos, há na Câmara uma grande bancada do agronegócio, mas apenas dois representantes de trabalhadores agrícolas. Enquanto que, na realidade do campo no Brasil, os trabalhadores são a imensa maioria.
Uma aprovação do financiamento público vai encontrar grandes resistências – da mídia e boa parte dos partidos. Estes sentem que perdem poder nas negociações pelos votos que têm no Congresso, assim como pelo tempo que têm na televisão. O PMDB e tantos partidos de aluguel buscam sabotar o plebiscito ou se opõem diretamente a ele. A mídia porque, embora critique o tempo todo os políticos, precisa de um Congresso desmoralizado para enfraquecer a política e a cidadania que se representa nela.
Será necessária uma campanha muito massiva e eficiente para que se desbloqueie uma das travas maiores para a eleição de um Congresso que seja a cara da sociedade brasileira. E para que essa oportunidade de resgate da política e das representações parlamentares da sociedade não se perca.
 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Novidade! Professor Vitor Henrique Paro lançou seu site

Artigos e vídeos excelentes do Professor Vitor Henrique Paro podem ser encontrados no site
http://www.vitorparo.com.br/index.php/en/

O Professor, uma referência fortíssima nas disciplinas pedagógicas, tem contribuição importante e consistente na discussão da democratização da escola, de suas formas de gestão e de sua estrutura.

Visitem e aproveitem!
 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O que está acontecendo no Brasil? Debate de professores e estudantes, 27-06-2013, 16h, Escola de Educação

Continuando nosso papo de ontem, é preciso muito estudo!
Amanhã, 5a. feira, 27-06-2013, 16h, na Escola de Educação/CCH/UNIRIO, vamos discutir diferentes perspectivas sobre o que está acontecendo. O local será informado pela Direção da Escola de Educação.

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Leia o texto explicativo"Primavera Brasileira ou golpe de direita?" [um dos melhores textos que já li nesta temática] em:

http://outraspalavras.net/2013/06/25/primavera-ou-golpe-tudo/

Estudantes de Currículo e Didática: questões contemporâneas [atividade aberta ao público em geral] - um convite especial para sábado a tarde, 29-06-2013, 17h

Nosso colega Pacha estará autografando seu primeiro livro Vidas Despercebidas,  pela Editora Verve. O lançamento está acontecendo no Memorial Getúlio Vargas, onde também poderemos visitar uma exposição sobre arte política.

Veja mais no link:
https://www.facebook.com/VidasDespercebidas?directed_target_id=0


 

Estudantes de Currículo e Didática: questões contemporâneas - primeira atividade deste sábado, 29 de junho de 2013, 9h


Atenção: Encontro do GEPAC desta sexta-feira, 28-06-2013, cancelado

Considerando os recentes movimentos/manifestações/atividades, e as dificuldades de trânsito que o Rio enfrenta, estamos cancelando a reunião desta sexta-feira, 14h30min. A nova data será informada em breve.
 

República, democracia e orçamento público

Em Porto Alegre, 1989, o primeiro governo do Partido dos Trabalhadores na cidade foi conquistado com o Olívio Dutra (bancário e sindicalista) como prefeito. Na época eu morava em outra cidade, no interior do estado, e acompanhava de longe o intenso movimento político. Lembro de duas ações que foram marcantes: a primeira foi a encampação das empresas privadas de ônibus pela Prefeitura. A confusão foi grande, o saldo negativo ficou em uma indenização monstruosa que não sei se até hoje foi paga, por fim, as empresas foram "devolvidas" à iniciativa privada paulatinamente, mediante contratos de concessão muito mais rígidos que garantiram à população de Porto Alegre ônibus mais novos e confortáveis (a renovação da frota com menor tempo de uso do que se tinha até então), regularidade no serviço (intervalos menores de tempo), etc. A Carris, que era a empresa de transporte público (e que continuou sendo pública), ganhou por vários anos o prêmio de melhor empresa do Brasil. Enfim, o saldo positivo foi muito superior porque a qualidade do transporte melhorou muito. Ainda estabeleceu-se o passe livre em todas as empresas: um domingo por mês de passe livre para todos, o que possibilitava que famílias numerosas pudessem passear pela cidade sem o pagamento de passagem.
A outra política que, mais tarde acompanhando em loco, pude observar como um avanço significativo da democratização foi o orçamento participativo na cidade (e depois o orçamento participativo escolar).
Combater a corrupção, por meio de investigações que foram potencializadas no Governo Lula ao reestruturar a Polícia Federal (com pessoal via concurso e recursos de trabalho) é fundamental, mas a raiz da corrupção está em um estado não democratizado em sua formação e no acompanhamento de sua ação.
Não basta votar, mas é preciso ter condições de votar em quem realmente defende as mudanças/transformações que você deseja. A origem da subordinação do estado aos interesses privados está muito antes do que o seu efeito final, que é a corrupção. Duas ações são importantes:
- o financiamento exclusivamente público de campanha, que fará com que os candidatos e Partidos que representam interesses populares tenham condições de participação iguais aos que representam as oligarquias, os latifundiários, os industriais (a proposta de financiamento por pessoa física também deve ser evitada);
- a inserção mais direta do povo no controle do estado, via conselhos populares (fiscalizadores de fato dos contratos e direitos populares, de forma muito diferente das Agências de regulação - ANAC, ANATEL) e aprovação direta do orçamento (isto a ser experimentado - via online),  a possibilidade de criação de conselhos populares nos municípios, estados e união, aprendendo a lidar com o orçamento público (em Porto Alegre isto foi possível e no estado do Rio Grande do Sul foi ensaiado) e se apropriando das metodologias de elaboração e controle deste orçamento. A reação da Câmara de vereadores, no caso de Porto Alegre, foi muito ruim, é claro, porque seu principal instrumento de barganha política - a aprovação do orçamento - passou às assembleias do orçamento participativo (participação direta da população). Embora contrariada em seus interesses, a Câmara municipal teve que se submeter (abaixo disponibilizo um texto que explica melhor esta disputa). Já no caso do estado do Rio Grande do Sul, a Assembleia legislativa, desde o impedimento da utilização de carros do governo (executivo estadual, na época governador também o Olívio Dutra) para organização das assembleias regionais do orçamento participativo do estado, até o questionamento constante da legalidade da prática, impediu que a experiência se expandisse.
Mais detalhes sobre o orçamento participativo da cidade de Porto Alegre e do orçamento participativo escolar em:

http://www.cnpcjr.pt/downloads/Barcelona_Orcamento%20participativo%20escolar_Artigo-1.pdf

Não basta o portal transparência, para que os especialistas saibam onde o dinheiro público está sendo gasto, é preciso que o povo participe da elaboração do orçamento, possa defender de forma prática e direta os seus interesses, aprovar o orçamento e, por fim, contar com conselhos populares que fiscalizem sua execução.
Não basta o direito ao voto, para que possamos eleger àqueles que efetivamente defendem nossos direitos; precisamos de uma nova lei de imprensa, que nos possibilite acesso a informação com espaço para o contraditório em cada reportagem, padrões mínimos de qualidade da informação que circula em concessões públicas de rádio e televisão, metas de prestação de serviço social a serem cumpridas (e fiscalizadas por Conselhos populares) e de financiamento EXCLUSIVAMENTE público dos candidatos.
Em uma República que se quer democrática, o combate à ignorância e a corrupção não podem ficar nos efeitos, na casca, naquilo que aparece na superfície. Neste sentido, precisamos ser radicais: ir à raiz das questões.

sábado, 22 de junho de 2013

O que é esquerda? O que é direita? O que é facismo?

O vídeo explica o que é esquerda e direita e mostra, ao final, um exemplo de facismo das ruas.
A linguagem não é propriamente acadêmica, mas é muito didática.


 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Para quem faz (e estuda) história

Manifestações no Brasil II - a chegada do inverno (21 de junho)

Muito triste o que aconteceu ontem, 20-06, no Rio, apareceram "regras" novas no movimento "pacífico e espontâneo" das ruas: se você for de algum Partido político, apanha. Um absurdo os relatos dos militantes sobre a agressividade dos "mascarados". Além da ferocidade sobre o estado.
Ou seja, se você vai para rua como militante, apanha duas vezes: da polícia e dos "manifestantes espontâneos".
Como explicar a exposição da polícia atirando nas pessoas desde as primeiras manifestações? Segue uma leitura importante:

https://medium.com/primavera-brasileira/dfa6bc73bd8a
 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Pós-graduação em e-learning

A Universidade dos Açores está promovendo mais uma edição do Curso de Pós-Graduação em e-learning, Período de candidatura previsto para a primeira quinzena de julho de 2013,  mais informações podem ser obtidas no link
http://sites.uac.pt/pgelearning/

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Manifestações no Brasil - outono tropical

Ganhos iniciais:
Muita gente, muitos jovens (mas não só eles), descobrem a possibilidade de “manifestarem-se” em torno de uma bandeira única e bem definida “passe livre – qualidade do transporte público – revogação do aumento das passagens nos transportes públicos”.
A polícia (especialmente São Paulo e Rio) “mostra a sua cara” em frente a uma sociedade vigiada pelos eletrônicos meios de comunicação. Celulares, máquinas de fotografia, câmeras de vídeo são usadas para expor extrema, desigual e desproporcional violência contra a população civil que apenas “manifesta” seus descontentamentos com a vida cotidiana. A possibilidade de “ver”, repetidas vezes, a polícia mirando e atirando contra a população desarmada (balas de borracha, gás lacrimogênio, bombas ditas “de efeito moral”) sinaliza o quanto não temos direito a nada, não temos a quem reclamar, não temos alguém (instituição) que nos proteja. O estado, a polícia e todos os seus aparatos são questionados. Isto exalta a insatisfação com a “vida cotidiana” – o endividamento privado, o tempo no transporte público, a falta de saúde pública universal, o gasto com planos de saúde de quinta categoria, a insatisfação com o judiciário. Toda esta “expressão de angústia” se liga a fatos divulgados ao longo do ano que mais aumentam a sensação de “abandono” de nossa existência: a desocupação de leitos nos Hospitais por meio do assassinato de pacientes que não têm plano de saúde em favor de abrir vagas para os planos; a quase inexistente punição de assassinos confessos (Bruno – assassino de Elisa); a ineficiência do estado e a inoperância da política partidária na era das alianças, aliás, o governo nacional refém das alianças.
- A população responde à violência da polícia mais que ao aumento das passagens de ônibus, aposta na possibilidade de mudar o futuro, e vai para a rua.

As lições que se repetem:
O interesse espúrio em:
- infiltrar grupos capazes de desmoralizar o movimento: pessoas que se enfiam no meio da multidão com objetivos pré-definidos: alguns para associar manifestação à bagunça (promover o quebra-quebra para desmoralizar o movimento e fazer a população acreditar que um bando de baderneiros quer tomar conta do país); outros para acabar com o estado;
- capitalizar a ação (do movimento passe livre) para os seus particulares interesses (derrubar o governo nacional; chamar a atenção para causas particulares – dos ricos em diminuir os impostos, por exemplo).

A encruzilhada:
As passagens foram reduzidas, quem está pagando a conta, conforme declarado por prefeitos e governadores, é só o estado (“custos repartidos entre os entes públicos”, declarou o prefeito do Rio). A conclusão é de que “as empresas” de transporte (sejam consórcios privados, ou não) não estão ganhando mais que o necessário.
Qual o caráter das reivindicações que predominará daqui para frente?
O combate aos impostos (bandeira da FIERGS)? À violência urbana (ótica da classe média alta)? Ao estado [estado, congresso, políticos] (ótica anarquista)? À derrubada do governo nacional, como tanto querem os herdeiros da casa grande?

Ou vamos conseguir canalizar esforços pela diminuição da desigualdade social (saúde e educação com acesso universal e exclusivamente financiados pelo estado; orçamento estatal, por meio das tecnologias da informação, diretamente aprovados pela população civil, reduzindo o poder dos donos do capital; avaliação anual direta dos eleitos, via tecnologias da informação)?
 

Encontro do GEPAC em 28 de junho de 2013

Neste encontro teremos o prazer de receber as professoras Nadia de Aquino Simões e Dinalva de Oliveira Sobrinho, da Escola Municipal Barro Branco, Duque de Caxias, para apresentar o trabalho que a Escola realiza. A Escola é conhecida por seu trabalho político-pedagógico, sendo citada positivamente em diversos fóruns da área de educação. No dia 28 de junho, 14h30min, na sala de aula do Mestrado em Educação, (CCH, UNIRIO, Urca) teremos oportunidade de conhecer mais deste trabalho. 

Curso de Extensão PIBID UNIRIO 2013 Docência: quais possibilidades e desafios?

Confirmamos o terceiro encontro do Curso de Extensão PIBID UNIRIO nesta sexta-feira, 21-06, das 13h30min às 17h, no Auditório Paulo Freire, CCH, Urca.
A programação da tarde:

21 Jun

André Gardel, UNIRIO

Liliane Mundim, UNIRIO

Viviane Narvais, UNIRIO

Jogos teatrais e de palavras: a dramaturgia brasileira em ação educativa: Reflexão sobre os modos de ensino/ aprendizagem de dramaturgia brasileira por meio de jogos teatrais. Como a palavra livresca se torna acionada pela cena, local de tensão entre a oralidade e o texto dramático, a partir da dinâmica didática em sala de aula proposta pelo PIBID: professor supervisor-aluno-bolsista de licenciatura.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Processo seletivo simplificado para professor substituto UNIRIO - Financiamento da Educação/Didática

Por oito dias úteis, a contar como primeiro o dia 6 de junho de 2013, estão abertas as inscrições para o processo seletivo simplificado que selecionará o professor substituto para Financiamento da Educação/Didática. Curso de Pedagogia.
40 horas semanais
Salário R$ 2.714,89 (Professor Adjunto A)
Exigência de graduação em Pedagogia ou Licenciatura e Doutorado em Educação
Inscrições no Protocolo do CCH, Av. Pasteur, 458 (fundos) Urca, Rio de Janeiro, 9h às 12h e das 15h às 19h, de segunda a sexta-feira. Telefone 2542-1969.
Mais informações:
http://www2.unirio.br/unirio/prograd/docente/concursos/concursos-em-andamento/edital-no-47-prof.-substituto-didatica/informacoes-sobre-os-concursos
 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Concluindo comentários sobre o VII Seminário Redes - palestra com o Prof. Angel Diaz Barriga (Currículo em correlação com a temática geral do evento, transformações e subversões na atualidade)

Cláudia Cánovas (Pontifícia Universidad Católica  do Chile) abordou criticamente o discurso sobre a criança a ser formada no Chile.
Angel Diaz Barriga (Universidad Autônoma Nacional de México) fez uma sistematização do campo do currículo desde suas vertentes na Inglaterra e nos EUA, preocupando-se mais especificamente com a relação currículo e didática (o que contribuiu para minhas pesquisas atuais).
Tudo é dor e sofrimento também na educação: as políticas da OCDE se proliferam, a diversidade vira interesse de mercado e os professores e as professoras são massacrados cotidianamente.
A palestra de Barriga deixou-me mais perguntas do que respostas (o que é ótimo) e, então, compartilho aqui minhas amarguras.
Hoje temos as Corporações submetendo os governos aos seus interesses, isto no lado ocidental do planeta, pelo menos (veja o filme "A história das coisas" neste blog, à direita), a OCDE exerce o papel de um ministério internacional da educação e da economia, ditando políticas que são copiadas aqui e ali e apresentadas como soluções "genuínas". Sabe-se também do braço mafioso que liga corporações e governos. Enfim, parecemos e padecemos cada dia mais informados, ligados em redes sociais e, ao mesmo tempo, sós, abandonados às políticas neoliberais e [ao mesmo tempo, como diz Apple] conservadoras na economia e na vida social. As heterogeneidades até são admitidas, porque viram mercado: são incorporadas pela mídia, moda e consumo. Tudo (e a gente inclusive) vira mercado.
Como vamos construir uma "estrutura" da revolução? Movimentos como "Ocupe", "99%" são importantes, mas parecem não fomentar uma plataforma comum de reivindicações. No contexto local brasileiro, por exemplo, a Greve dos Professores das Universidades Federais, organizava-se semanalmente com correntes políticas que defendiam ideias e posturas diferentes a cada 7 dias em Brasília. O Fórum Social Mundial, inicialmente proposto como espaço de elaboração de propostas contrapostas a Davos e ao Fórum Econômico Mundial, parece ter se transformado em uma feira de ideias e artesanato, sem a elaboração de um acúmulo político capaz de fazer frente ao avanço do neoliberalismo. Frases de protesto soltas ao vento podem "animar a galera", mas não fazem a revolução.

Comentando o Redes - palestra do Prof. Gert Biesta

Diferentemente do que se compreende da sinopse do livro "Para além da aprendizagem" (i), lançado no Brasil pela Martins Fontes, o autor e professor Gert Biesta, na palestra de abertura do VII Seminário Redes (ii) fundamentou sua fala no argumento de que "o ensino é algo que vem de fora, para trazer algo que não temos" (anotações da palestra). O professor Biesta disse ser o ensino um "presente" pelo qual não devemos agradecer porque o agradecimento ["obrigada" é a redução de uma sentença dedicada ao registro de que nos compreendemos obrigados a retribuir] tira a "graça" que o presente representa. Nesta mesma linha, diz que o ensino é algo que entra em nossa experiência, "situações que vão a fundo", constituindo o "risco lindo da educação". Ainda segundo sua compreensão, se tiramos a dificuldade da educação, tiramos a possibilidade do encontro, que é o ensino que vem de fora do sujeito e nele encontra resistência.  Por fim, afirmou que a educação deve ser centrada no mundo e não na criança, é tarefa e responsabilidade do professor, por isso, entende que "o conceito de aprendizagem nos faz esquecer do papel árduo que os professores tem que fazer" [ensinar].
Embora reconheça que sua fala tem sua importância como contraponto do "mestre ignorante" de Ranciére (iii), ou às políticas de educação à distância [aquelas que não respeitam qualquer proporcionalidade na relação professor e estudante que pudessem ser razoavelmente responsáveis], discordo do palestrante. O processo da educação tem sua compreensão simplificada demais se compreendido com "pau que nasce torto nunca se endireita", ou seja, a compreensão de que todo o saber "vem de dentro". Também é simplificado demais [o processo de educação] se compreendido apenas como "água mole em pedra dura tanto bate até que fura", dito de outra forma "todo o saber vem de fora". Nem inatismo, nem empirismo, a dialética parece ser a explicação mais plausível: educação como processo que se dá entre o sujeito (ser biossocial) e meio, em relação dialética de sua subjetividade com a objetividade das relações sociais a que submetem. A compreensão dialética diria "nem apenas de dentro, nem apenas de fora", o ensino é ensino-aprendizagem, é movimento contraditório, dolorido e prazeroso, porque nos torna mais. É de dentro (o que percebo de mim e do mundo) e é de fora (o que o mundo e os outros me marcam), é dialético, é conflituoso: o que meus pais dizem, o que meus amigos dizem, o que posso perceber para além do que é dito, o que a escola me provoca...
(i) http://www.martinsfontespaulista.com.br/ch/prod/vit_c/447693/34/PARA-ALEM-DA-APRENDIZAGEM.aspx
(ii) http://www.seminarioredes.com.br/
(iii) RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. 2a. ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2004.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Atividades do GEPAC na Semana de Educação UNIRIO (com correções nos horários)


ATIVIDADES DO Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação e  Currículo - GEPAC NA SEMANA ACADÊMICA
04 de junho - terça-feira, 14h às 17h
Mesa 1 - A FORMAÇÃO DE PROFESSORES FRENTE A QUESTÕES DA ATUALIDADE

 MARIA ELENA VIANA SOUZA E ANGELA MARIA P RAMOS
EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
SILVIA SOBREIRA E FLÁVIA PIMENTEL
Projeto PIBID "Banco audiovisual de atividades pedagógicas": conexões entre formação docente e a pesquisa


Mesa 2 - AS MÚLTIPLAS FORMAS DO "EDUCAR": NOVAS PROPOSTAS
ANDRESSA FARIAS VIDAL
A importância da internet como difusora da literatura e as novas estratégias de leitura
ANDRESSA FARIAS VIDAL
O Pró-Letramento Linguagens na formação do professor alfabetizador - um relato de experiência em tutoria

Mesa 3 - AS " TECNOLOGIAS" E EDUCAÇÃO: DO LIVRO DIDÁTICO À INTERNET E NOVOS FORMATOS NA APRENDIZAGEM (UM DEBATE CONTEMPORÂNEO)
Caio Marcellus Cervasio
Ciclos na Educação: Um estudo sobre os ciclos na Escola Professor Marcos Waldemar Lemos

04 de junho - terça-feira, 18h às 21h30min
Mesa 6 - INCLUSÃO E DIVERSIDADE: UMA PERSPECTIVA FUNDAMENTAL NA AÇÃO EDUCATIVA


06 de junho - quinta-feira, 14h às 17hMesa 7 - A DIVERSIDADE DO OLHAR DO EDUCADOR: A IMPORTÂNCIA DO COLETIVO E DA INDIVIDUALIDADE
DEIZE V SILVA AROSA E ARMANDO DE CASTRO C AROSA A GESTÃO DA POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DA REDE MUNICIPAL DE NITEROI/RJ (2005-2008)

Mesa 8 -  EDUCADORES E EDUCAR: UMA TAREFA MULTIFACETADA
CRISTIANE PEREIRA FONTAINHA DE CARVALHO
E cai a máscara... Para descolonizar a Educação das Relações Étnico-Raciais
Cesar Augusto Caldas dos Santos
OS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA COMO INSTRUMENTOS DE PRODUÇÃO DE INFERIORIDADE

Mesa 9 - EDUCAÇÃO: NARRATIVAS SINGULARES, AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS E NOVOS OLHARES
ANA CAROLINA DA SILVA CABRAL
Gestão nos anos iniciais do ensino fundamental: uma questão de participação
HENRIQUE DIAS GOMES DE NAZARETH AVALIAÇÃO DE LARGA ESCALA E CONSOLIDAÇÃO DO NEOTECNICISMO NO BRASIL

JORGE LUIS RODRIGUES DOS SANTOS Educação multicultural? Ou indiferente à diferença?

06 de junho - quinta-feira, 14h às 17h
ATENÇÃO HORÁRIO: 18h às 21hMesa 10 - AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS EM DEBATE: O ÂMBITO MICRO E MACRO SOCIAL
ANDRESSA FARIAS VIDAL
GERIR OU "GESTAR"? DISCUTINDO A GESTÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL
DÉBORA DIAS GOMES; ESTER DE AZEVEDO C, ASSUMPÇÃO E ANDREA TUBBS ESTUDOS SOBRE A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR EM CICLOS

RENATA DA SILVA SOUZA
Avaliação externa na Educação Infantil no contexto dos EDIS

Mesa 11 - AS NOVAS TEMÁTICAS PARA O PEDAGOGO E O SEU PAPEL DE EDUCADOR E GESTOR (18h30 às 31h30min)
CHAIENE CRUZ OLIVEIRA DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO NO PNE 2011-2020 E NA PROPOSTA DE CICLOS: da organização curricular ao processo de avaliação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO

Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação e Currículo – GEPAC