segunda-feira, 25 de junho de 2012

O inédito viável - A Greve e a EAD

Qual a concepção de EAD possuímos? Trata-se do "aprenda por si mesmo" ou de pensar o ensino-pesquisa-extensão de forma a incorporar a distância física por meio das novas tecnologias? 
Na UNIRIO, onde a Educação a Distância tem, somente na Pedagogia, mais de 4300 estudantes, temos trabalhado a ideia de que o professor em greve deve também envolver a EAD nesta discussão e movimento, reivindicando questões que possam vir a assegurar a viviência da Universidade por todos nesta modalidade. A forma que encontramos para não suspender as atividades que poderiam gerar o corte de bolsa dos trabalhadores mais precarizados das IFES (os professores tutores, que recebem apenas por bolsa) foi não lançar as notas no sistema, até o final da greve. Além disto, promovemos fóruns de discussão do movimento com os estudantes, estimulamos a incorporação das demandas estudantis pelos movimentos dos cursos presenciais e estamos provocando espaços de discussão específica da EAD, incluindo a modalidade como ponto de pauta específico em Assembleia.
Em 26-06-2012, 15h, sala 215, CCH - URCA, reunião com todos ligados ao sistema, preparando a pauta da Assembleia da ADUNIRIO que acontecerá na quarta-feira. Todos estão convidados!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Atividade de greve: Painel "A redução da escola - os testes de larga escala em educação"

Mesa redonda: “A redução da escola: os testes de larga escala em educação”
Próxima sexta, 29 de junho, 14h, sala do mestrado em educação.
O objetivo da mesa é apresentar o livro “Vida e morte do grande sistema escolar americano - Como os testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a educação”
Diane Ravitch, pelo Professor Jose Clovis de Azevedo (IPA-RS e Secretario de Educação do Estado do Rio Grande do Sul) e discutir os efeitos dos testes de alto impacto na educação sobre as práticas avaliativas dialógicas, pela Professora Maria Teresa Esteban (UFF/RJ).
Inscrições e certificados no local
Realização: UNIRIO e GEPAC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação e Currículo)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Ato público nesta quarta, 20 de junho, 13h, ALERJ

Prezados Técnicos, Professores, Estudantes


O Comando Unificado Estadual de Greve (Universidades Federais do Estado do RJ em greve), está convocando TODOS os professores e estudantes universitários federais, para o ATO PÚBLICO "LUTO PELA EDUCAÇÃO", amanhã, dia 20 de junho, quarta-feira.
Concentração: 13:00 - em frente à ALERJ (Primeiro de Março com Assembléia), com posterior caminhada até a Candelária.
TODOS TRAJANDO CAMISETA PRETA!
Vamos participar, é importante!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Greve dos Professores e Funcionários UNIRIO - Assembleia em 14-06-2012

ASSEMBLEIA GERAL         
14 DE JUNHO DE 2012 /Quinta-feira
14:00h – 1ª Convocação
14:30h -  2ª Convocação

LOCAL: Auditório do CCET
               Av. Pasteur, 458 - Urca

PAUTA

1.   INFORMES
2.   ANÁLISE DE CONJUNTURA
3.   FUNDO DE GREVE
4.   COMISSÃO DE ÉTICA
5.   ENCAMINHAMENTOS GERAIS

PROFESSORES SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL

domingo, 10 de junho de 2012

Os ciclos representam mais que não reprovação escolar: a questão do currículo

A escola organizada em séries tem o seu conteúdo escolar seriado, isto é, para cada série, apresenta-se um conjunto de conteúdos a serem assimilados como condição para que o estudante possa avançar à série posterior. As dificuldades do sistema assentam-se em duas questões: a não compreensão de um conteúdo específico faz com os os estudantes tenham que repetir todos os conteúdos (supostamente) já aprendidos; muitos estudantes, embora aprovados na série anterior, demonstram, na série seguinte, não ter aprendido (ao menos da forma que a escola espera) o conteúdo da série cursada. Comentários docentes do tipo "os jovens de hoje em dia parecem cada vez saber menos", "o sistema recebe todo mundo, mas cada vez ensina menos", expressam um pouco da polêmica.
A seriação do conteúdo escolar toma por base a existência de pré-requisitos (para aprender a dividir é necessário primeiro saber somar, por exemplo) e a ideia de que é do simples para o complexo que devemos ensinar (primeiro o bairro, depois o município, o estado, o país, as Américas, os continentes, por exemplo). Há um entendimento (pouco explicado, mas assimilado facilmente como verdadeiro) de que é assim que se aprende: do simples para o complexo, do próximo para o distante, e que o conhecimento é concreto o suficiente para ser organizado em degraus, ao assimilar um pouco, eu poderia assimilar mais um pouco, assim mesmo: de pouquinho em pouquinho... Até encher a cabeça....
Antes da discussão dos ciclos, é sempre bom relembrar que, caso as séries fossem um bom sistema, funcionariam com todos os estudantes, sem provocar a exclusão de tantos (quer pela saída da escola, quer pela permanência na escola sem aprender).
Os ciclos no Brasil possuem várias formas de entendimento e de organização. No que se refere à organização, podem ser de dois, três ou quatro anos, ter por foco apenas o período de alfabetização (CBAs/Ciclos Básicos de Alfabetização, Ciclos de Alfabetização); ter por base uma reorganização do conteúdo escolar propondo a não reprovação em apenas alguns anos da escolaridade (Ciclos de aprendizagem - onde um conjunto de conteúdos são propostos para estudo por um tempo superior a uma série - ou seja, superior a um ano escolar, ver os ciclos propostos nos Parâmetros Curriculares de 1996); ter por base a vivência da idade de formação (infância - 6 a 8 anos; pré-adolescência - 9 a 11 anos; adolescência - 12 a 14 anos), considerando os contextos de idade (Vygotski), a importância da vivência com os pares para a formação da criança (Wallon).
A questão curricular: propor o trabalho escolar de forma não seriada é sempre um grande desafio. Como trabalhar com a construção de conceitos e com a apropriação crítica do mundo, sem excluir conhecimentos da experiência e sem restringir-se a eles?