quinta-feira, 30 de abril de 2015

Críticas já publicadas sobre o Documento "Pátria Educadora", da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência

Manifestação do Deputado Federal Paulo Pimenta sobre o Documento Pátria Educadora
https://avaliacaoeducacional.files.wordpress.com/2015/05/notas-preliminares-sobre-o-documento-pc3a1tria-educadora.pdf

Manifestação do Fórum Nacional de Educação sobre o Documento Pátria Educadora (3 páginas):
http://fne.mec.gov.br/images/notas/Formatadas/26NOTAPUBLICA.pdf

Manifestação do Prof. Luiz Carlos Freitas/Unicamp, sobre o mesmo documento:
http://avaliacaoeducacional.com/2015/04/27/patria-educadora-xiii-conclusao-ii/

Manifestação do professor Jose Clovis de Azevedo/IPA RS, secretário de educação do RS (2011-2014) e de Porto Alegre (1997-2000), sobre o mesmo documento:
https://drive.google.com/file/d/0B2KMaz4hyyJGOXNZR1B4VW1PVlpzLXhwcjVwMkh1dVllbFlj/view

Para quem ainda não conhece o documento preliminar: https://drive.google.com/file/d/0B2KMaz4hyyJGT2xzd3NNc0t6cXl6cHlHOS0yTnlGdkZBNTM4/view


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Pátria Educadora (2): o que ainda pode vir a ser [atualizado em 30-04-2014]

       O que, afinal, poderia vir a ser a Pátria Educadora?

    A afirmação de um contexto ampliado de educação, que coloca a nação como responsável pelo desenvolvimento de ações educativas articuladas entre diferentes Ministérios (Educação, Esportes, Cultura,Saúde, Comunicação e outros) para toda a população assumindo o papel de Pátria Educadora sem reduzir o conceito à educação escolar (isto já foi apresentado no post anterior).

     E, também, a afirmação, qualificação e ampliação de Programas que colaboram com a melhoria dos processos educacionais que as instituições públicas de educação oferecem. Assusta o desconhecimento, no documento, de Programas que já estão em andamento e que deveriam ser resgatados, melhorados e ampliados.


      O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - Pibid

   O documento preliminar Pátria Educadora desconhece que o Pibid trabalha com LICENCIATURAS, e não apenas Pedagogia, como afirma. Desconhece também que o Programa já articula a escola pública à Universidade, em acompanhamentos semanais dos bolsistas Pibid em escolas públicas, o documento preliminar ignora que existe um engajamento, no estudo e produção de inovação educacional, compartilhado entre o supervisor (professor de sala de aula, da rede pública, bolsista do Pibid na Escola) e o professor do curso de licenciatura da Universidade, em conjunto, é claro, com os bolsistas estudantes de licenciatura. É um Programa rico em possibilidades e que tem dado efeito nas práticas escolares, sacudido a escola com a escola e não de cima para baixo. De fato, o Programa tem alterado, para melhor, a relação entre as alunas e alunos das escolas públicas e a própria escola. Precisaria ser ampliado e revisto: ampliado até universalizar as bolsas aos estudantes de cursos de licenciatura (incluído a Pedagogia), antes de atender Universidades e faculdades privadas; revisto nos valores de bolsa (atualmente os estudantes universitários recebem, por meio de Programas como Pibid ou Pibic, uma bolsa de R$ 400,00 e, no caso, do Pibid, com a necessidade de ida semanal uma vez por semana na escola pública, e um turno a mais na Universidade – no planejamento/estudo – este custo sai da bolsa, diferente de outras como o Pibic, no mesmo valor, mas com envolvimento na maioria do tempo apenas na própria Universidade onde o estudante já estuda ou em visitas de campo subsidiadas).  Acredito que por falta de recursos, o que começou com um professor universitário orientando até seis bolsistas estudantes e frequentando semanalmente a escola pública, agora conta com professores que precisam orientar/acompanhar até 16 estudantes ou mais, em alguns grupos. Isto é, um professor universitário orientando 16 estudantes universitários em trabalhos em congressos, em estudos e planejamento com a escola.

  Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores - LIFES
 As vagas de licenciatura estão sobrando nas Universidades públicas, não faz sentido criar mais uma instância de formação de professores, mesmo que seja para formação permanente. Não dá para trabalhar na lógica de que se um órgão do governo não faz o que deveria, cria-se outro, outra estrutura, mais recursos e pessoal, para reforçar a suposta desqualificação do primeiro e tornar tudo mais caro para, ao final, resolver pouco. A Universidade pública já tem – e as mais novas precisam continuar no processo de construírem-se, pois a expansão foi rápida – bibliotecas, pesquisas e extensão consolidadas, professores concursados com formação e produção qualificada permanente, não há porque deixar de aproveitar o que já se tem para criar outra coisa, outro Centro de Qualificação Avançada para professores ou diretores, é jogar dinheiro pelo ralo, o que precisamos é investir no que já temos. Os LIFES fazem isto dentro das Universidades, estimulam a ação interdisciplinar na formação de professores, criam espaços de excelência estrutural dentro da Universidade, poderiam ser ampliados para estimular o oferecimento da formação permanente em serviço (professores já formados, em serviço, que precisam estudar por toda a vida). O LIFE já está construído, e funciona dentro das Universidades públicas.

 Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica com foco prioritário para estudantes de licenciatura, no estudo de questões ligadas aos desafios da nossa educação
 Os estudantes de licenciatura que tiveram bolsa Pibic (de iniciação científica) também, quando professores, dominam melhor o instrumento da pesquisa, tão importante na construção de um professor autônomo e que responda melhor aos desafios cotidianos da docência. O Pibic não deveria ser neglicenciado em suas possibilidades.

 Programa Escola de Gestores
 A sobreposição à Universidade como espaço de formação, proposta pela criação dos Centros de Formação de Diretores também deve ser evitada. O MEC já mantem o Programa Escola de Gestores, oferecido pelas Universidades Públicas, dentro das Universidades públicas e por meio de Plataforma Moodle (é um curso semi-presencial). O Programa pode e precisa ser melhorado, com mais investimento poderia ser regionalizado (nos conteúdos que são apostilados) considerando-se os problemas específicos dos municípios e estados e estar mais integrado à pesquisa que se faz nas Universidades, recorrendo a artigos científicos, envolvendo professores bolsistas de produtividade em pesquisa e envolvendo tutores que se voltassem também para a pesquisa. A criação de novas estruturas demanda dinheiro, início precário, falta de articulação entre os órgãos. O Programa Escola de Gestores incentiva/orienta e exige que o diretor, aquele que estava esquecido entre os papeis a preencher para atender as demandas de sua secretaria de educação, a estudar novamente, a rediscutir (ou discutir e construir pela primeira vez), com a comunidade escolar, o Projeto Político-Pedagógico da Escola. Ao fazer isto, movimenta a escola, o diretor, contribui com sua formação, estimula a continuar os estudos no mestrado, a participar da vida da Universidade. O tom dado pelo documento PE (Pátria Educadora) ao tratar dos diretores é repugnante e descolado do perfil de diretores que temos Brasil a fora.

Carreira docente federal
Para melhorar a qualidade dos professores, de forma geral, a carreira nacional seria o grande avanço, a inovação. Para “melhorar o ensino” precisa olhar para o trabalho das escolas básicas federais. E olhar para as escolas básicas federais inclui olhar para o que o professor Wanderlei Geraldi chama de professores integrais na construção de escolas integrais: "Infelizmente, as propostas que envolvem os professores sempre ficam nas questões de salário, formação inicial e formação continuada. Não que estas não sejam importantes. Minha sugestão vai um pouco além: é preciso uma legislação que crie nacionalmente padrões mínimos de condições de trabalho, com regimes de 20 horas, regimes de 40 horas e regimes de dedicação integral. Não adianta pensar uma educação de tempo integral para os alunos sem professores em tempo integral! E mais: a carga horária deve ser desenvolvida em apenas uma unidade escolar! Chega de professor-táxi. E mais, deve ser proibida duas contratações de 40 horas mesmo que sejam com entes diferentes (por exemplo 40 horas no município e 40 horas na rede estadual! muito menos ainda dois contratos de 40 horas num mesmo ente público!). O tempo integral com dedicação exclusiva mostrou-se bom no ensino superior, por que não seria bem em todos os níveis?
Quanto à formação inicial. Tivemos Corinta e eu uma experiência gratificante: em encontros em várias cidades de Sergipe, com um total aproximado de 1.700 professores, em ação do Sindicato, verificamos que 98% dos professores tinham curso superior, o curso que lhes foi possível! Também entre estes 1.700 professores, somente 6 (SEIS) tinham o pai ou a mãe com formação superior. E destes 6, 4 tinham a mãe professora formada em nível superior muito recentemente. Não recolhemos os dados, mas pedimos que os professores registrassem para si próprios o nível de escolaridade dos avós paternos, dos avós maternos, e dos pais, para se conscientizarem do salto de escolaridade que numa só geração se fez neste país, entre os professores. Isto mostra um professorado querendo aprender, querendo melhorar e investindo em sua formação! Mas como houve um salto, produziu-se também um vazio, um vácuo a ser preenchido na formação integral destes mesmos professores. E isso só será possível se eles não precisarem pular de galho em galho para ir somando salários! Por isso o tempo integral é fundamental como condição primeira para qualquer qualificação de nossas escolas. Que adianta termos uma escola com professores que apenas perambulam por elas, correndo para outro lugar para cumprir sua carga horária?"

terça-feira, 28 de abril de 2015

Pátria Educadora: o que poderia ter sido

Circula por e-mail o documento preliminar “Pátria Educadora"
Basicamente o documento (ainda mal estruturado), assumido pelo Ministro Mangabeira Unger em nome da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, é organizado com as seguintes ideias:
Pontos de partida
1. Orientação empresarial (literalmente assumida)
2.Mudar a maneira de ensinar e aprender (ainda bem, já pensou se isto não fosse citado? Mas o faz com um apelo fortemente ligado ao discurso das competências emocionais, no documento chamadas de pré-cognitivas, e do trabalho em cooperação)
3. Sistema Nacional de Ensino que organize a diversidade sem uniformizar (avaliação nacional de pessoas - diretores e professores; currículo nacional baseado em competências; volta dos centros de qualificação em sobreposição às Faculdades de Educação e Universidades)
Apresenta como eixos da qualificação do ensino público: 
1.      Organização da cooperação federativa na educação, que se daria por meio de
a.      Sistema nacional de avaliação e de acompanhamento (de novo: metas, bônus, responsabilização) 
b.      Mecanismo para redistribuir recursos e quadros de lugares mais ricos para lugares mais pobres (a redistribuição dos recursos seria por meio do financiamento das ideias propostas no próprio documento Pátria Educadora)
c.      Procedimentos corretivos para consertar redes escolares locais "defeituosas"
 (não se refere apenas ao conserto de prédios, mas de pessoas e processos)
       2. Reorientação do currículo e da maneira de ensinar e aprender (substitui conteúdos por competências, chamando-as de "aprofundamento seletivo").
      3.Qualificação de diretores e de professores (cria mais uma instância de formação - Centros de qualificação de diretores e professores, avaliação nacional de professores sob o pretexto das diretrizes nacionais e concurso público nacional, mas não para uma única carreira)
 4. Aproveitamento de novas tecnologias (nenhuma novidade)

Já que toda a pátria é educadora, evidentemente, a pátria educa por meio dos valores que conserva e repassa por meio de suas práticas e discursos. Talvez a ideia de pensar “qual pátria educadora temos sido e qual pátria educadora queremos ser” poderia ter sido mais produtiva, do ponto de vista de reconhecer o que temos acumulado: como certa cultura diversa nacional; incansável prontidão para o trabalho que nos faz uma entre “as maiores economias do mundo” (Mangabeira, Documento Pátria Educadora, 2015), e esperança de que, um dia, para os que trabalham, tudo vai melhorar. O debate já seria um grande e bom processo, porque nos ajudaria a identificar coletivamente nossos avanços e avaliar criticamente nossas fragilidades no que se refere não ao que apenas as escolas fazem, mas ao que faz o país em relação ao processo educacional do seu povo (que se dá pela mídia, pelas instituições públicas - não só escolas -, pela cultura nacional nas suas mais diversas expressões, etc). Poderia ter sido um documento e uma proposta que apontasse caminhos a avançar na educação do país, focando não apenas nas ações das escolas (embora as incluíssem, é claro): saúde, cultura, ciência e tecnologia, comunicação, todos poderiam ter ações a serem desenvolvidas, com foco na educação popular, em defesa da igualdade social, do combate à discriminação, do apoio ao trabalho, da unificação de esforços, do desenvolvimento de visão de bem comum e público, enfim, tantas outras questões que sabemos ser preciso, enquanto uma “pátria educadora” para uma vida mais solidária, respeitosa, democrática, o que implicaria, por vezes, deseducar, refazer, propor outro conteúdo e forma.

Metodologicamente, se o recorte foi no ensino básico, como sai um documento preliminar sobre o tema da educação entendida em seu sentido restrito escolar sem a participação do MEC? Sem a participação daqueles que fazem a educação escolar neste país? Sem professores e pesquisadores da área? O conhecimento pedagógico, o conhecimento da escola em si, para além de seus números, não conta? O conhecimento das universidades públicas que trabalham na formação de professores não é importante? O documento poderia ter sido dialogado com o campo que tem sustentado, por meio do seu trabalho, a educação pública do país. Poderia ter resgatado o que o Congresso mutilou do PNE. Poderia ter, ao menos, reforçado as políticas em andamento que reúnem escolas e Universidades em ações coletivas e partilhadas, como Pibid, universalizando as bolsas, resgatando também a potência das bolsas PIBIC para as graduações em licenciaturas, buscando a formação integrada entre pesquisa e extensão, com foco no trabalho das escolas públicas. Poderia ter sido um potencializador de Programas como Escola de Gestores, Pibid, Pibic, articulando ações entre o MEC, a CAPES e as Escolas. Traria propostas mais embasadas na realidade e necessidade das escolas públicas de ensino básico, nas experiências e Programas de sucesso. Tocaria em aspectos já conhecidos e razoavelmente acordados como referencias de um "bom ensino" (ibidem e todas as aspas daqui para frente se referem a citações literais do documento), como as condições de trabalho (incluídas a remuneração e o tempo efetivo de docência e planejamento) das escolas de ensino básico federais. Para o desenvolvimento de política de qualidade não precisamos de “mística nacional capaz de despertar adesão e arrebatamento” , isto pode servir (talvez) para paixões pessoais, passionais. A qualidade da política precisa vir do quanto melhor ela tornará a vida das pessoas, congregará a comunidade, e, como já disse Boaventura, o quanto incluirá aqueles que serão atingidos pela política na discussão e construção da mesma. Ao menos do ponto de vista da construção de uma sociedade democrática, estes parecem ser critérios básicos de uma boa política.

Este Blog apoia a Presidenta da República, mas, no que se refere ao documento preliminar apresentado, considera-o inapropriado politicamente, circunscrito nas políticas dos reformadores empresariais da educação, com tom autoritário, raso do ponto de vista pedagógico, agressivo para com os professores do país, as Universidades e, ainda, para com Programas como o Pibid, sequer conhecidos razoavelmente pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. As críticas serão explicadas e encaminhadas para o Ministro que disponibilizou o e-mail mangabeira@presidencia.gov.br , assim que concluídas.

Por incompetência desta blogueira (não sei publicar pdf aqui), o documento na íntegra pode ser obtido no Blog do Prof. Freitas, que faz uma análise detalhada de todo o documento:


terça-feira, 21 de abril de 2015

O que discutem os diretores das Faculdades de Educação no país?

Quem desejar "espiar" o que discutem os diretores das Faculdades de Educação no Brasil, podem acessar o link abaixo. O Forumdir é o Fórum dos Diretores de Faculdades de Educação das Universidades Públicas Brasileiras.

Dia 22/04, 18h30min., ocorrerá a abertura do Forumdir na Faced/UFBA. A palestra será com prof. Luiz dourado do CNE sobre Novas Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores. Haverá transmissão ao vivo pela Radio Faced. As demais mesas abordam Base comum nacional, politicas para as licenciaturas e uso de EAD na formação de professores. 



Veja mais sobre o Forumdir em


domingo, 12 de abril de 2015

Diferenças

Meus colegas vygoskianos, olhem o tanto de contribuição deste piagetiano para entender as diferenças:
"Se a semelhança é uma forma de organizar as coisas pelo conhecido, a diferença é uma forma de organizar as coisas quanto à sua dimensão desconhecida, daquilo que está entre nós e dentro de nós, mas que não reconhecemos ou sabemos como encaixar. Daí, como consequência, às vezes temos o vazio, o pânico, o êxtase que este vazio nos provoca ou produz. A diferença é aquilo que não se encaixa. A diferença corresponde à ideia de que certas coisas só podem ser conhecidas por fragmentos, por partes, pelas pistas, pelas pegadas, pelos cheiros, pelos vestígios do que foram ou do que poderão ser, ou do que, sendo não podemos apreender por inteiro. Os sonhos, os esquecimentos, tudo que dentro de nós cai fora do controlável, do classificável e do dominável são exemplos de coisas que fazem diferenças."
MACEDO, Lino. Ensaios Pedagógicos: como construir uma escola para todos? Porto Alegre: Artmed, [lá em] 2005.
Pesquisar uma escola em ciclos é diferente de pesquisar escolas da nossa tradição.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Datas das reuniões do GEPAC em 2015



Em função da quantidade de feriados no mês de abril, muitos convidativos aos "enforcamentos" e "pontes", nossa primeira reunião presencial será em 29 de maio.
 Sempre às 14h30min, sempre com 2h de duração, sempre na sala de aula do mestrado/PPGEDU/Unirio.
29 de maio
26 de junho
14 de agosto
25 de setembro
23 de outubro
27 de novembro
Até breve que abril passará muito rápido!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Esquerda e direita na Educação

Inspirada no Blog do Tarso (advogado e professor Tarso Cabral Violin, doutorando em Políticas Públicas da Universidade Federal do Paraná) http://blogdotarso.com/ , divulgo novamente o vídeo didático "o que é ser de direita? O que é ser de esquerda?"
Nesse curto circuito de orientações, talvez ajude nas reflexões sobre a educação, a direita e a esquerda.
Dizer-se "de esquerda", na educação, é defender o acesso a educação pública, laica, de qualidade social para todos, talvez isto seja consenso. O problema se agrava quando começamos a olhar com mais atenção para o interior da escola, para suas práticas didáticas, curriculares e avaliativas, para a organização do trabalho pedagógico e para a gestão escolar. Quais práticas "disciplinam" o trabalho escolar? Quais os conteúdos do ensino? Quais as práticas didáticas podem promover a auto-organização, a solidariedade, a polifonia, a interpelação mútua? São estas as questões iniciais dos meus estudos de pos doutoramento, sob a supervisão de Antonio Flavio Barbosa Moreira (UFRJ). Daqui três meses conto os resultados.
Segue o vídeo (que ajuda a discernir o que é esquerda e direita):
A Globo e os protestos