sexta-feira, 22 de março de 2013

Erros ortográficos e de concordância no ENEM

A mídia nativa seria mais eficiente se revisasse melhor os textos que publica, é comum encontrar erros gramaticais nas páginas publicadas na web e impressas, sem falar da manipulação da informação, que pode se dar de forma direta - distorção do fato, omissão de dados, e de forma indireta, na falta de investigação e informação para que a notícia seja compreendida. No caso da mídia, competiria a ela e aos seus custos, a contratatação de especialistas revisores e oferecer seu produto (a notícia) de forma mais séria. A revisão dos textos é um ramo de formação profissional dedicado a isto.
Quanto aos "erros" e as avaliações obtidas (notas recebidas) com os erros praticados nas redações do ENEM, o foco parece-me outro: para que a vida da população brasileira pudesse melhorar o acesso à Universidade deveria ser sem exames de seleção para entrada no curso superior. Há uma grande distorção em exigir rigorosidade na avaliação de entrada, uma vez que a Universidade é um espaço de aprendizagem, e o processo seletivo na entrada só ocorre pela falta de vagas, como balisador da disputa de vagas.
Outro equívoco é pensar que professores doutores em física e matemática escrevem tão bem quanto professores especilistas na língua portuguesa. Nem mesmo jornalistas dominam a escrita de forma a dispensar os revisores nas redações. Ou seja, mistura-se tudo, entorta-se o problema e o discurso, e, no fundo, o que se defende é a volta dos exames seletivos para entrada na Universidade, elaborados pelas empresas privadas da educação. As reportagens rasas sobre o tema carecem de pesquisa: quanto movimentava o "mercado" do vestibular antes do ENEM?
Quanto a subjetividade envolvida nas avaliações, só há um jeito: tirar a redação dos exames...

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