segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A ressaca das eleições

O total de pessoas habilitadas a votar no município do Rio é de 4.719.607. Considerando-se este total, reelegeram o atual Prefeito 2.097.733 (dados do TSE), ou seja, 44,4% da população habilitada para tal. Os dados mostram que 35,1% preferiram outros candidatos e que 20,4% não compareceram, apesar das punições do governo para aqueles que não podem ou não querem votar. Para a Câmara de Vereadores foram eleitos, entre as 51 vagas, apenas quatro vereadores de oposição:  Paulo Pinheiro, Eliomar Coelho, Renato Cinco e Jefferson Moura (todos do PSOL), os representantes, os aliançados e os filhos (genéticos) dos representantes de uma política da casa grande continuarão na Câmara. A cidade é maravilhosa, mas carece de transporte público decente (fiscalização dos veículos aqui chamados de "ônibus", dos horários destes, programa de educação de motoristas e cobradores, 0800 que aceite ligações de celular - quando vc está dentro do ônibus e precisa reclamar do serviço, o 0800 não aceita ligações de celular), trens com bancos para os cidadãos (a Prefeitura poderia intervir/mediar isto com o Estado), guarda municipal competente. É comum hoje, na cidade maravilhosa, vc ser atropelado por bicicletas em cima da calçada ou na contra-mão em faixas de segurança (muitos ciclistas não aprenderam que as bicicletas devem ser conduzidas na mão, em calçadas, e devem obedecer os sinais de trânsito - entre eles a sinaleira e a mão da via quando utilizadas em tráfego), na frente de guardas municipais que não se pronunciam. As calçadas são deploráveis, o atendimento à saúde é o pior do país (ver avaliação do Ministério da Saúde em http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/4390/162/ministerio-avalia-e-monitora-acesso-e-qualidade-dos-servicos-de-saude.html), a autonomia dos professores municipais não existe. Parece que quem está unido, neste Rio, são os herdeiros da casa grande, infelizmente, cada vez mais unidos.

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