segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sobre avós, toboáguas e iminência: Duviver é meu filósofo!

O mundo tá se desmanchando: em calor e sangue, em disputa e ódio, em falta de senso e hipocrisia. Bem disse Macaco Simão (e Carta Capital fotografou colocando legendas para explicar): só na primeira fila da manifestação de Paris contra o atentado ao Charlie, mais de dez terroristas! Para ver a foto tem que ter a Revista (n. 833, reportagem do mega Mino Carta). Para ler um pouco mais: Além do Charlie
A parte boa é que a vida passa rápido, você não precisa conviver muito tempo com Bolsonaros, com falta de grana, com asneiras que brotam do Jornal Nacional com pose de notícia. A parte ruim é que a vida passa rápido, é pouco tempo para consertar muita coisa, você pisca/dorme/chora/ri e já chegou o Natal, o fim de ano, o carnaval, a Páscoa, as festas de junho/julho, a República!, o Zumbi, o Natal...
Tem muita coisa para ver e pouco tempo para pensar, muita ignorância para combater e pouca gente para abraçar. Diante do turbilhão (seria melhor o Toboágua), cada um faz o que pode, com o que alcança. E o prêmio Educação é Política de melhor filme de 2014 foi para Hannah Arendt por clamar/aclamar/provocar a necessidade de refletir-se a sério sobre a causa de todo o mal (não procure enquete, não houve, mas se não viu e resolver ver o filme aproveite e leia A transparência do mal. Ensaio sobre os fenômenos extremos, do prezado Baudrillard).
Embora a primeira vontade seja "não perder tempo com quem não quer exercitar o olhar", não dá para ser assim. É preciso sentar com o Romário para conversar, e, mais desafiador, é preciso acreditar que isto pode dar algum resultado. E depois, em seu leito de morte, quando você vê que dedicou quatro quintos da vida num infinito vácuo, ao menos você pode pensar derradeiramente: eu tentei.
Gregorio Duviver é meu filósofo, segue o link da crônica que pode completar alguns pensamentos, afinal, estou dedicando meus dias e noites ao Pibid, com intervalo para "Estorias Abensonhadas" do Mia Couto (presente de Teresa), regadas a Bronx (presente de Jonny Solon...rs...).
Coluna Gregorio Duvivier - Minha avo Ivna.shtml
Em tempo: tentei comentar o texto do Duviver no site da Folha, para dar uma força já que a reaçonalhagem de plantão caiu de porrete no autor, mas a Folha só aceita comentário de assinante, então, entendi porque tem tanta bobagem depois de um texto tão bom... Ops! O negócio é conversar... Esqueci...
E a iminência? O retrocesso nos planos brasileiros de desenvolvimento, agradeça-se à grande mídia nativa, aos interesses da Casa Grande em desmoralizar o PT, à falta de informação reinante associada a falta de sigilo (considerando que a Petrobrás é 10% do PIB brasileiro e 15% da capacidade total de investimento, merecíamos um pouquinho de bom senso) e o empurrãozão da Arábia Saudita, nós, que poderíamos colaborar com um modelo alternativo de desenvolvimento econômico nacional, com certa proteção social, estamos ribanceira abaixo...

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