segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O fim das soberanias, mesmo que parciais

Os Estados Unidos e a União Europeia negociam "em segredo" (que já está amplamente divulgado pelo Le Monde Diplomatique Brasil, de Novembro de 2013) um novo tratado identificado como Parceria de Investimento e Comércio Transatlântica (TTIP, sigla em inglês)  que busca uma forma mais fácil e ágil de impor os interesses privados, de multinacionais, aos povos do mundo: segurança-alimentar, normas de toxidade, seguros-saúde, preço dos medicamentos, energia, cultura, direitos autorais, formação profissional, ..., tudo regulado pelos interesses privados ou "livre-comércio institucionalizado".  É uma copa do mundo ampliada (regime de exceção na economia e direitos sociais para assegurar o lucro) valendo no campo da produção em geral: as multinacionais definem as regras e os governos as indenizam se não conseguirem dar conta da promoção do bem estar dos negócios (lucro e subordinação suficientes para assegurar às corporações seu poder infinito).
De certa forma, tudo tem sido assim, há muito tempo, mas de forma mais negociada, de acordo com o poder de fogo de cada uma das partes envolvidas. O fato é que somos sempre a parte mais fraca, porque não nos enxergamos e agimos com a força de quem é a maioria. Sem enxergar a realidade, quer pela falta de acesso a uma informação razoável, quer pelo exercício de pensar servilmente, sempre e mais, vamos sobrevivendo na esperança de sair da senzala pela benesse do dono da casa grande.
Leia a reportagem completa em:
Le Monde Diplomatique Brasil, Novembro 2013 (ainda não disponível na internet), R$ 11,90 nas bancas
Um tratado para estabelecer o governo das multinacionais, por Lori Wallach
Para não dizer que não falei de flores, seguem dados sobre a PEC 51 (embora eu me pergunte porque qualquer mudança constitucional não deveria exigir plebiscito), :
http://www.diplomatique.org.br/editorial.php?edicao=76

 

Nenhum comentário: