Hoje, em mais uma tentativa de solução de problema pela exceção, ou seja, em um contexto caótico e disfuncional, você focaliza um determinado problema, que qualquer um dos botões do Mino Carta reconheceria como consequência e não problema, e passa a tratá-lo como problema. Feito isto, passa-se a investir grande esforço em convencer aqueles que sofrerão a consequência da aplicação da técnica de solução do problema, de que ele é possível de ser solucionado sem que o restante, mar de asneiras com boas e más intenções, seja alterado.
Agora, a pós-graduação é responsável pela contínua desqualificação do ensino de matemática, física, química e biologia no país. Em informação do Portal UOL publicada ontem, o MEC traz um projeto que associa a validação do diploma de pós-graduação (de professores) nas áreas exatas à melhoria do desempenho dos estudantes.
É difícil listar todos os equívocos da proposta, entre eles, pergunto-me o que se passa com o Ministério da Educação? Pretende tirar o poder de certificar a Pós-Graduação dado à Universidade? Pretende colocar para os professores exigências que não são feitas a outros profissionais em relação aos estudos de Pós-Graduação? Até que ponto a qualificação na área pode dar conta das condições ilegais e imorais de trabalho, muitas vezes provocadas pelo descumprimento, por parte dos governos, das leis (1/3 de tempo de trabalho para planejamento), indicação de diretores (inclusive no MEC), sem formação pedagógica para o cargo que ocupam, carreira não atrativa?
O conhecimento dos processos de ensino-aprendizagem, suas perspectivas e fundamentos, suas implicações didáticas são fundamentais para que a educação no país melhore, o papel das licenciaturas e a importância atribuída aos conhecimentos pedagógicos precisa mudar, isso é inegável. Porém, atribuir apenas a isto o caos instalado no ensino das exatas no país é atitude venal, pois que reforça o discurso da educação como mercadoria.
Veja a notícia no portal do uol:
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/05/1271974-professores-terao-de-melhorar-alunos-para-ganhar-diploma.shtml
Agora, a pós-graduação é responsável pela contínua desqualificação do ensino de matemática, física, química e biologia no país. Em informação do Portal UOL publicada ontem, o MEC traz um projeto que associa a validação do diploma de pós-graduação (de professores) nas áreas exatas à melhoria do desempenho dos estudantes.
É difícil listar todos os equívocos da proposta, entre eles, pergunto-me o que se passa com o Ministério da Educação? Pretende tirar o poder de certificar a Pós-Graduação dado à Universidade? Pretende colocar para os professores exigências que não são feitas a outros profissionais em relação aos estudos de Pós-Graduação? Até que ponto a qualificação na área pode dar conta das condições ilegais e imorais de trabalho, muitas vezes provocadas pelo descumprimento, por parte dos governos, das leis (1/3 de tempo de trabalho para planejamento), indicação de diretores (inclusive no MEC), sem formação pedagógica para o cargo que ocupam, carreira não atrativa?
O conhecimento dos processos de ensino-aprendizagem, suas perspectivas e fundamentos, suas implicações didáticas são fundamentais para que a educação no país melhore, o papel das licenciaturas e a importância atribuída aos conhecimentos pedagógicos precisa mudar, isso é inegável. Porém, atribuir apenas a isto o caos instalado no ensino das exatas no país é atitude venal, pois que reforça o discurso da educação como mercadoria.
Veja a notícia no portal do uol:
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/05/1271974-professores-terao-de-melhorar-alunos-para-ganhar-diploma.shtml
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