sábado, 4 de dezembro de 2010

Sr. Governador...Sr. Prefeito...

Quanto ganha um médico que trabalha 20h semanais para o estado do Rio de Janeiro?
No Posto de Saúde de Copacabana, um médico do sistema público disse receber cerca de R$ 1.300,00 mensais para o trabalho de 20h semanais (sendo o salário básico cerca de R$ 130,00 e o restante com as complementações) . O estado paga o médico e o município distribui os remédios.
De responsbilidade do atual Prefeito, os remédios para aposentados que no governo anterior eram distribuídos gratuitamente e enviados para a CASA do aposentado (remédios de uso contínuo para pressão, glicose, etc), no atual governo... Esqueçam o remédio entregue em casa e, na farmácia do Posto de Saúde (Copacabana), desde abril não há o remédio metaformina que é essencial para combater o excesso de açúcar no sangue.
Pior que isto, somente a indicação do atual Secretário de Saúde do Governo do Estado Rio de Janeiro para ministro da saúde do Governo Dilma.
Vamos imaginar uma saúde pública de qualidade: saúde pública com acesso universal (e imediato) a todos os exames, médicos, especialidades, opções a tratamentos com medicina alternativa. Hospitais com leitos para todos, salários médicos justos.
Como fazer? Retorno da CPMF (que é o imposto mais justo que conheço, pois atinge universalmente os tais 10% da população que detêm para si 75% da renda nacional). Eu não me importo que a CPMF seja de 2%, desde que possamos ver um atendimento hospitalar decente e uma população saudável, afastando a imagem da bárbarie atual. Os economistas (aqueles que prestam serviço à elite) certamente argumentariam que todos pagamos a CPMF que passa a ser cobrada por dentro dos preços de todos os produtos, gerando uma bola gigante de impostos... Mesmo que seja verdade, eu não vi nenhum impacto na diminuição de meus gastos quando a CPMF terminou. Se eu recebo R$ 2.000,00 eu pagarei CPMF sobre estes R$ 2.000,00 (ao receber e consumir produtos dentro do que recebo), já quem paga US$ 2.4 milhões de dólares em um sutiã da Victoria Secret (cravejados de diamantes), se o referido objeto de extrema utilidade fosse comprado no Brasil, com a arrecadação da CPMF, o impacto social desta distorção econômica poderia ser um pouco amenizado.
Como combater a corrupção? Como sou contra a pena de morte, fico com a opção da criação de um Conselho Público de controle de arrecadação e aplicação deste dinheiro, à semelhança dos Conselhos do Orçamento Participativo na experiência de Porto Alegre, governo da Administração Popular (1989-2004), junto ao programa transparência das contas públicas, seria uma medida bastante viável.
O fim de semana começa mal...

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